domingo, 14 de dezembro de 2008

Pasárgada


“Vou-me embora para Pasárgada porque lá a Rainha é minha amiga.”Eu quero aproveitar este espaço na rede para dizer até logo, e obrigado.

Estou indo embora abrir asas e tentar voar em outro lugar, mas uma parte do meu coração vai ficar em Campina Grande. Aqui fiz amigos, amigos bons, amigos não tão bons (rsrsrsrsrsrs), amigos alegres, amigos tristes, amigos otimistas, amigos pessimistas, mas todas estas pessoas foram importantes na minha formação ao longo destes seis anos em Campina, todas contribuíram com um pouco do seu coração na minha formação.

Aqui na Rainha da Borborema eu deixo cinco pessoas muito importantes para mim: Sérgio, Carol, Geórgia, Raissa e Morgana, mas isto não é um adeus, é um até logo, desculpem se o texto parece dramático, afinal só vou me mudar para uma cidade um pouco mais longe. Mas é que Campina mora em mim, e acho que já me tornei uma campinense, e a idéia de ir embora me deixa um pouco triste e saudosista.

Aprendi a amá-la como minha cidade, a rir das pendengas sobre o 13 e o Campinense (e olha que não professo nenhuma destas fés, rsrsrssr), e os muidos eleitorais que no final das contas não mudam muita coisa, e só servem para que briguemos um pouco mais com nossa família e amigos, e que ao final do processo voltemos para casa e digamos ao outro: “bem as eleições terminaram agora é voltar a vida real.”Adoro esta Cidade e sei que logo vou voltar porque deixei muitos laços aqui, e eles me prendem as pessoas no final de cada uma das cinco pontas.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Bad end para ex de Suzana


Chegou ao fim a novela da vida real de Suzana Vieira, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira, 11, às 7 horas o seu ex-marido, Marcelo Silva.

Ele teria chegado transtornado ao local onde mora sua namorada, a estudante de nutrição Fernanda Cunha por volta de 7h, passou mal e morreu dentro de seu carro. Bombeiros tentaram reanimá-lo, mas não foi possível.A informação foi confirmada por policiais do 31º Batalhão da PM. A suspeita é de overdose.

Marcelo viu seu casamento chegar ao fim em 10 de novembro deste ano, quando a estudante Fernanda ligou para Suzana e "confessou" que o ex-PM a amava. A atriz não aguentou mais uma traição, isso sem falar na morte suspeita de seu cachorro em outubro do ano passado quando Marcelo passeava com ele. E o expulsou de casa.
A partir dai o "mancebo passado" começou a ligar para os programas de Tv para dar a sua versão dos fatos.

Estou numa boa em casa zapeando, quando paro no programa da Sônia Abrão e ouço o ex em entrevista por telefone dizendo que sente saudades da atriz, que ela foi a mulher que o salvou de muitas coisas. Até ai tudo bem, todo mundo tem o direito de pedir penico a quem sacaneou, aceitar ou não cabe ao outro.

Mas, eis que tenho uma surpresa quando a ligo a Tv na outra semana no mesmo programa, quase caio da cadeira quando vejo desta vez ao vivo o mesmo cara que estava chorando, com a galega do lado, e mão na dela, falando em amor eterno à nova musa e num suposto ensaio nu para revista gay.

Não sei quem me surpreendeu mais, se foi o cara, ou se foi a apresentadora que deu espaço para ele falar.

Também não sei como está se sentindo hoje Suzana Vieira, com certeza não está feliz, não está aliviada, pode estar triste por ver alguém que amou, e não a amou, chegar a um fim triste e prematuro levado por obscuras causas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma nova Capitu


Hoje assisti ao primeiro episódio da série global Capitu, confesso que me surpreendeu, achei que seria a mesma coisa da micro-série A Pedra do Reino que foi por falta de outra palavra mais adequada: um tédio. Antes que os defensores da obra de Ariano venham me jogar pedras, faço a minha defesa: eu não li a obra literária, e por esta razão não posso critica - lá, mas vi a sua versão televisiva e devo dizer que o diretor “carregou” muito nas tintas. Quando assisti ao primeiro episódio fiquei tonta com os cortes bruscos, e a linguagem de teatro, isto sem falar no texto que de tão rebuscado dava nós na língua.
Mas, com Capitu o mesmo não acontece, mesmo o diretor, Fernando Carvalho optando por manter o texto original de Machado, que diga-se de passagem eu li e considero moderno até para os dias de hoje, a série não sofre de ritmo lento ou acelerado demais.
O pulo do gato foi a direção ter escolhido inserir os personagens da obra em uma cidade atual com prédios e metrôs, e contar com uma trilha sonora pop que vai de Black Sabbath a música clássica.
Ao longo da série os personagens vão sendo delineados, e temos uma grata surpresa ao perceber que ela é dividida em capítulos como em um livro, e no jogo de cena o pano desce e sobe como em um teatro.
A primeira impressão nem sempre é a mais justa, mas a que a micro-série Capitu deixa é a de que estamos resgatando a obra de um importante autor brasileiro para os jovens que hoje não lêem mais, navegam, através de um veículo que hoje lhes é mais caro do que o bom e velho livro.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Os filmes que estão rolando em Jampa


VICK CRISTINA BARCELONA


Escrito por Allen como de hábito, o longa gira em torno das duas amigas do título que, durante as férias, decidem passar três meses em Barcelona: Vicky é uma acadêmica cujo mestrado aborda a cultura catalã e que está noiva de um executivo de Nova York, ao passo que Cristina é uma jovem instável que ainda não descobriu sua verdadeira vocação ou mesmo o que busca no amor. Hospedadas na casa de uma parenta de Vicky, elas conhecem o pintor Juan Antonio (Bardem), cujo casamento com a também pintora Maria Elena (Cruz) chegou ao fim quando esta o esfaqueou. Logo as duas moças se vêem atraídas pelo espanhol, embora Vicky, como uma autêntica alter-ego do diretor, resista ao impulso de se entregar em função de todas as suas objeções neuróticas. O triângulo amoroso se complica, porém, ao tornar-se um quadrado com o retorno de Maria Elena.

Banhado em cores quentes que retratam Barcelona como uma cidade de prazeres e sensações intensas, o filme faz uma belíssima utilização dos pontos turísticos do lugar: evitando transformar o longa num mero cartão postal, Woody Allen emprega a arquitetura de Gaudí como um comentário sobre os próprios personagens, que, refletindo o estilo que marcou a obra do catalão, são criaturas tão complexas e aparentemente tão instáveis que mal compreendemos como podem se manter funcionais. Da mesma forma, as músicas que atravessam a narrativa – e que pontuam o único aspecto passional do temperamento de Vicky – não só comentam como também compõem aquele universo repleto de paixões e personalidades tempestuosas.

Enquanto isso, Allen transforma seu pares de personagem em comentários à parte sobre vários temas: se Doug (Messina) e Vicky representam a razão, Juan e Maria Elena são a pura emoção, ao passo que Cristina, plantada ali no meio, tenta encontrar um equilíbrio ao analisar constantemente os próprios sentimentos (o que, de certa forma, a impede de sentir-se completamente feliz ou em paz com suas escolhas, que passam por um permanente auto-questionamento). Por outro lado, se o casal norte-americano reflete o puritanismo (Vicky) e o materialismo (Doug) ianque, Juan e Maria Elena defendem, através de suas atitudes, a liberalidade e a sofisticação intelectual e artística do velho continente – permanecendo Cristina novamente entre os dois, já que, apesar de mais aberta a experimentações sexuais e de relacionamento, permite que sua natureza inconstante a leve de volta ao individualismo representado por sua “busca” solitária por um romance ideal.

O TRAIDOR


Com uma história original criada pelo ator e diretor Steve Martin, o suspense "O traidor", estréia na direção de Jeffrey Nachmanoff, reserva algumas surpresas. A maior delas, criar um protagonista bem mais ambíguo do que a média, Samir Horn (Don Cheadle, indicado para o Oscar por "Hotel Rwanda").
O maior desafio deste suspense, que entra em circuito nacional na sexta-feira (14), é procurar saber exatamente o que se passa na cabeça deste homem misterioso. Nascido no Sudão, ainda criança Samir viu seu pai morrer num atentado a bomba.
Muçulmano devoto, depois de viver vários anos nos Estados Unidos, tornou-se oficial de operações especiais. Aparentemente, passou para o lado dos militantes ultra-radicais muçulmanos, transformando-se num criminoso caçado pelo FBI.
Preso quando tentava vender armas a extremistas no Iêmen, Samir tem um rápido encontro com aquele que, de agora em diante, tentará decifrá-lo, o agente do FBI Roy Clayton (Guy Pearce, de "Atos que desafiam a morte").
Contrário aos métodos violentos do colega Archer (Neal McDonough), Clayton percebe que Horn domina informações importantes e gostaria de ganhá-lo para o seu lado. Quando isto falha, vai sobrar perigo, inclusive para os EUA.
Na prisão, Horn aproximou-se de Omar (o francês Said Taghmanaoui, de "O caçador de pipas"), líder de um grupo radical islâmico. Ganhando a custo sua confiança, Horn torna-se peça fundamental dentro dos planos de diversos atentados, usando homens-bomba, inclusive nos EUA.
O comportamento de Horn, porém, deixa margem a algumas dúvidas. Não se consegue perceber muito bem o tipo de ligação que mantém com Carter (Jeff Daniels, de "A Lula e a Baleia"), um veterano da CIA que não gosta de compartilhar informações com o FBI Clayton.
A maior novidade de "O traidor" é aproximar-se do ponto de vista de terroristas com bastante realismo. Com isso, consegue ser mais fiel à complicada situação política internacional do que a maioria dos filmes do mesmo gênero.

QUANTUM OF SOLACE


No mais seco e passional James Bond já filmado, QUANTUM OF SOLACE é um ofegante mergulho na ação desenfreada que urge nas variadas seqüências de pancadaria, tiros, golpes a faca, perseguição em carros, aviões e barcos.
Em tradução aproximada, o título significa “mínimo de consolo” e aqui é expresso diretamente na forma como o agente britânico exerce sua licença para matar, vingando a morte de Vesper (Eva Green), a Bond girl de CASSINO ROYALE por quem se apaixonara e por quem foi traído. O resultado é uma história mais focada em espionagem do que “love affairs”. Há pouco romance (embora haja algumas cenas) e a Bond girl Olga Kurylenko passa quase despercebida na fita.
QUANTUM OF SOLACE se passa 40 minutos depois de CASSINO ROYALE e em 6 locações diferentes. É a primeira seqüência da história do espião no cinema (Os outros 21 filmes têm roteiros independentes) e é adrenalina pura. Parte do mérito se deve à competente direção de Marc Foster que divide o crédito com a equipe técnica supervisionada por Dan Bradley e Gary Powell, veteranos da trilogia BOURNE e responsáveis pelas emocionantes cenas que deixam qualquer credibilidade na poeira.
O filme esbanja um certo domínio técnico, um acabamento impecável, envernizado, polido, lapidado. A edição da cena da “Tosca” por exemplo, sincronizando a ópera à música clássica e às perseguições e tiroteios é um toque de mestre. É o triunfo do cinema de arte embalado em fita comercial.
Craig repete uma interpretação marcante que sugere uma certa invencibilidade. Nada o impede ou o detém. Suas ações são meticulosas e precisas. Judi Dench tem boas cenas e Mathieu Amalric, graças aO ESCAFANDRO E A BORBOLETA interpreta a loucura do seu vilão sempre através do olhar penetrante.
QUANTUM OF SOLACE é um filme eficiente no que se propõe: Uma história bem contada sempre no volume máximo e com elenco afiado. Há somente um perigo nessa versão do herói de Ian Fleming. Um assassino tem sempre algo a resgatar nos filmes. Bourne tinha a presunção da inocência e o Bond de Sean Connery tinha uma sagacidade irônica. Já o Bond seco de Craig, está impassível diante de qualquer sentimento. Tornou-se uma máquina de matar, um mero soldado da rainha.